sexta-feira, 6 de abril de 2007

O VENTO

O vento me segue, fluindo numa outra estrada.

Derrapo sobre o medo católico dos meus dedos.

Não o toco. Se desafiar seu riso, não sobrevivo.

Sigo o vento, me seguindo.

Vendo os olhos, ouvindo...

Flutuando na penumbra envenenada,

sujo os dedos de arnica e espirro uma risada.

Atenção no front – a guerra continua.

Não sem o mito. A fagulha alternada do grito.

Folhas negras se machucam no asfalto.

O falho olfato do orgulho nato.

Olho do fato, germe do mato – juro que mato!

O remédio é um instante bem observado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Queridão,

Muito gostosa a junção da foto com a poesia, muito bacana.
Se um dia quiser, podemos fazer uma montagem em vídeo sobre tuas fotos, com uma locução por trás.

Acho que ficará bem bacana.
O que achas?

Bjs,

Erick!