sábado, 20 de outubro de 2007

Revolução musical

A música precisa de uma revolução. Começando por nós, ouvindo melhor. Me peguei ouvindo Iggy Pop no último volume, quase pulando da cadeira e indo dançar no meio da rua, gesticular para o povo sem noção que insiste no funk carioca e no forró rastapé. Não sei. Alguma coisa deu errada no meu conceito musical, pois não consigo ouvir o que a massa ouve. Não que Iggy Pop seja bom, mas já fez diferença um dia. Agredir a sociedade era um sinal de que as coisas precisavam mudar. E mudaram: pra pior. O que me entristece não é o povo ouvir forró. É tentar imaginar o que isso será daqui uns anos. A música eletrônica evoluiu e eu gosto de algumas coisas. O rock continua a mesma coisa de sempre, não passando dos 3 ou 4 acordes e letras mais ou menos. Perdemos a poesia, os grandes pintores, alguns músicos legais e o cinema anda meio capitalista demais. Qual será nossa abstração? Uso esse termo, pois não me arrisco a chamar a coisa atual de arte. Arte é transformação, evolução e não essa coisa gigante e tosca que assola nossos dias. "Há tempos o encanto está ausente...".

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