sábado, 20 de outubro de 2007
Revolução musical
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Pressentimento
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Pássaros mortos no sonho
sexta-feira, 6 de abril de 2007
O VENTO
O vento me segue, fluindo numa outra estrada.
Derrapo sobre o medo católico dos meus dedos.
Não o toco. Se desafiar seu riso, não sobrevivo.
Sigo o vento, me seguindo.
Vendo os olhos, ouvindo...
Flutuando na penumbra envenenada,
sujo os dedos de arnica e espirro uma risada.
Atenção no front – a guerra continua.
Não sem o mito. A fagulha alternada do grito.
Folhas negras se machucam no asfalto.
O falho olfato do orgulho nato.
Olho do fato, germe do mato – juro que mato!
O remédio é um instante bem observado.
quinta-feira, 5 de abril de 2007
Luz e sombra
quarta-feira, 28 de março de 2007
A minha fotografia
Quando pressiono o botão de disparo da minha câmera fotográfica, ponho tudo a perder. Perco a noção de tempo, espaço e nem sei se as estrelas ainda estão vivas. Perco alguns neurônios, sais minerais e uma boa parte de glicose, também. Perco aquela sensação vertiginosa do flash, pois estou com o olho no pentaprisma e apenas sinto a vibração do diafragma. Minha mente também abre e fecha. A luz entra e, enquanto a última cena ainda passeia pelos nervos, procurando um local no lóbulo para se alojar, a outra já está acontecendo e meu dedo, novamente, está pronto para mais um clique. Tenho na memória que somente o violino, também instrumento de arte como a câmera, é usado pelo rosto durante uma performance criativa. Minhas fotos também, às vezes, possuem a agudez de um violino. Agudez suave e digna, diga-se de passagem. Sentir o bater da foto com o rosto colado na câmera é como tocar um elástico entre os dentes. Ninguém ouve, ninguém vê... E o mistério de uma foto é tudo o que eu não posso perder.